Rodrigo Lopes
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Dinarte Santos (à esquerda, com chapéu de palha), pescadores e curiosos em torno do cação pescado em 1968, na praia de Arroio Teixeira

A pesca de cação teve milhares de adeptos até meados dos anos 1970, no Litoral Norte. E o veranista Dinarte Santos, que aparece de chapéu de palha à esquerda na foto acima, foi quem transportou o peixe de dimensões inusitadas em sua Rural Willys.Toda essa história ocorreu em 1968, em Arroio Teixeira, e foi publicada originalmente na coluna Almanaque Gaúcho, do jornal Zero Hero, em 2008, quando a imagem completou 40 anos. 

 Na época, a pesca desse carnívoro era feita na beira do mar, na direção de quem segue para a Praia do Barco. Os pescadores colocavam as iscas em um espinel preso a uma corda de aproximadamente 100 metros, disparada por um pequeno canhão. Quando o cação era visto pulando sobre a água, a corda era puxada e amarrada num palanque, preso na areia. 

Abaixo, a foto em seu corte original, com o logotipo do estúdio Foto Mar.

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Dinarte Santos (à esquerda, com chapéu de palha), pescadores e curiosos em torno do cação pescado em 1968, na praia de Arroio Teixeira

Personagens da foto

Entre os demais que fizeram questão de posar ao lado do cação, os familiares de Dinarte Santos conseguiram identificar apenas alguns. Um deles é o pescador chefe, conhecido como Milton, que mal aparece sob o boné, próximo à barbatana do cação. O da direita, ao lado do garoto, ficou na lembrança como Miltinho. A banhista à esquerda chamava-se Maria e era hóspede do Hotel Calipso. 

Dinarte Santos faleceu em 1993, aos 97 anos de idade. Em 2008, o neto José Carlos S. da Fonseca, de São Francisco de Paula, explicou que os familiares, em sua maioria, tinham uma noção vaga daqueles tempos registrados pela máquina fotográfica. Mas, do tamanho do peixe, até hoje ninguém esquece. 


Pesquisa: Aidyl Peruchi.