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domingo, 15 de agosto de 2021

VITÓRIO ANDREATTA UM VENCEDOR.

   O piloto que concluiu a antiga prova Cachoeirinha–Capão em 49 minutos nos anos 1960

Vitório Andeatta finalizou o percurso com uma média de velocidade de 161,467 km/h
RICARDO CHAVES
Vitório Andreatta, junto à carreteira Ford nº 6, com a qual venceu a prova Guaíba–Camaquã–Guaíba
Arrojo e determinação sempre foram características destacadas do piloto gaúcho de automobilismo Vitório Andreatta (1942–2003), que trouxe a ousadia do berço. Em 23 de janeiro de 1966, na 12ª edição da prova Antoninho Burlamaque, seu destino seria estabelecer mais um recorde de velocidade: percorreu a rota Cachoeirinha–Capão em apenas 49 minutos. Já tinha outro, obtido em um festival de recordes, em 18 de novembro de 1962, quando estabeleceu a média de 196,775 km/h com o Ford nº6 numa corrida Guaíba–Camaquã–Guaíba.A Burlamaque, tradicional competição anual do verão gaúcho, partia de Cachoeirinha. O percurso dos competidores se desenrolava pela RS–030 (estrada velha: Glorinha, Santo Antônio da Patrulha, Osório), na direção do Litoral Norte, até atingir a praia de Capão da Canoa, onde eram embandeirados.
Vitório, que competia pela escuderia da família, a Galgos Brancos, optou por correr com a carreteira do pai, o lendário Catarino Andreatta. Apenas trocou o número 2 pelo 4, que, tradicionalmente, o identificava.
O carro com o qual venceu era um antigo Chevrolet, com um moderno e potente motor de Corvette. Antes, o veículo havia pertencido aos pilotos paulistas José Giménez Lopes e Camilo Christofaro e, posteriormente, foi comprado por Catarino.
Em 1964, a carenagem foi rebaixada, e o carro recebeu novos para-lamas e faróis no formato de bolha, a partir de um longo e minucioso trabalho da equipe.
Vitório Andreatta, em 23 de janeiro de 1966, na 12ª prova Antoninho Burlamaque, percorreu a rota Cachoeirinha–Capão em 49 minutos
Com a máquina tinindo, o obstinado Vitório Andreatta fez uma média de velocidade de 161,467 km/h e teve calorosa e entusiástica acolhida na sua chegada, em primeiro lugar, a Capão da Canoa. A classificação final, do segundo ao quinto colocado teve, respectivamente, Luiz Fernando Costa (15), Jaime Araújo (63), Aldo Costa (3), com carros Simca Chambord, e Raffaele Rosito (43), com FNM-JK.
Dois anos após o feito, na derradeira prova Antoninho Burlamaque, uma berlineta da Equipe Willys, o Mark I, nº 21, conduzido pelo piloto paulista Luiz Pereira Bueno, estabeleceu o tempo de 50 minutos no mesmo percurso. Resultado também excepcional, mas, por uma diferença de apenas um único minuto, não superior ao de Vitório.
Atualmente, essa carreteira vencedora, que foi restaurada, pertence a Paulo Afonso Trevisan e está preservada no seu Museu do Automobilismo Brasileiro, em Passo Fundo.
Colaborou Guilherme Ely.
AIDYL PERUCHI.







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