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segunda-feira, 7 de setembro de 2020
sábado, 7 de março de 2020
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Um sonho da época que se tornou realidade por um determinado período.
O luxuoso hotel que foi erguido sobre uma enorme e inóspita planície de areia em Xangri-lá, nos anos 1950
Construção contava com 50 apartamentos e chegou a ter, inclusive, uma piscina térmica com água do mar.
RICARDO CHAVES
Hotel Termas Xangri-lá, em 1976. Armênio Abascal Meireles / Agencia RBS.
“Acontecimento de relevo no setor de veraneios foi sem dúvida a inauguração do Novo Hotel Cassino Xangri-lá, em Capão Alto. Arquitetura moderna rivalizando-se com o que de mais avançado existe, no mundo, em estações de veraneio...” Dessa forma o jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, em sua edição do dia 2 de março de 1957, apresentava o que um outro órgão da imprensa gaúcha dizia ser “sem favor nenhum, o mais arrojado empreendimento arquitetônico à beira-mar”.
“Sem favor nenhum, o mais arrojado empreendimento arquitetônico à beira-mar”, dizia a imprensa na época da inauguração. Armênio Abascal Meireles / Agencia RBS
Entre as atrações, uma piscina térmica com água salgada do mar. Arivaldo Chaves / Agencia RBS
“Acontecimento de relevo no setor de veraneios foi sem dúvida a inauguração do Novo Hotel Cassino Xangri-lá, em Capão Alto. Arquitetura moderna rivalizando-se com o que de mais avançado existe, no mundo, em estações de veraneio...” Dessa forma o jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, em sua edição do dia 2 de março de 1957, apresentava o que um outro órgão da imprensa gaúcha dizia ser “sem favor nenhum, o mais arrojado empreendimento arquitetônico à beira-mar”.
Exageros à parte, na verdade, foi mesmo uma ousadia o Grupo Capão da Canoa, comandado pelos empresários José Agostinelli, Ramiro Corrêa F. da Silva, Milton Gonçalves da Silva e J.J. Selhane, erguer, naquela época, no meio de uma enorme e inóspita planície de areia, um hotel que buscava a excelência no atendimento aos seus hóspedes.
Na última quarta-feira, este Almanaque fez referência às dificuldades para a construção, em 1953, da primeira casa de Xangri-lá, localidade, então, chamada de Capão Alto. Pois, logo em seguida, foram iniciadas as obras do hotel.
Na seção “Cock-tail Social”, num dos principais diários da imprensa gaúcha, a colunista Lígia escreveu: “Exemplo concreto dos novos tempos é o Hotel Xangri-lá, em Capão Alto. Amplo, moderno, bem instalado, além do banho de mar, a gente vive e se diverte melhor. Isso porque aquele hotel tem uma equipe ativa 24 horas por dia para proporcionar um serviço eficiente. A começar pela recepção, passando pela gerência e pelo restaurante. Atenção ‘gourmands’: é supervisionado pelos srs. Mario Bardi e Ivo Ostolfi, terminando no bar, ou na boite, onde quem dá a última palavra é o sr. Augusto Ariola”.
Na minha família, há uma história folclórica que envolve a inauguração desse hotel. Uma tia, socialite, convidada para a inauguração, chegou com a devida antecedência (junto do marido e de um filho pequeno... e terrível) e hospedou-se.
No salão de refeições, uma enorme mesa estava previamente preparada para o banquete. Pois não é que, num momento de distração do casal, o garoto subiu numa cadeira, depois na mesa, por cima da qual correu, em dasabalada carreira, mandando para o alto (e para o chão) pratos, cálices, talheres e tudo o mais. Conta a lenda que o moleque quase inviabilizou o jantar. Hahaha!
Esse hotel, com 50 apartamentos, para 300 hóspedes, teve, inclusive, uma piscina térmica com água salgada do mar. Que coisa! Tempos depois, no final dos anos de 1980, já sem o esplendor dos primeiros tempos, o empresário Ernani Dieterich ainda tentou fazer um upgrade e adaptar uma ala como uma espécie de spa para a terceira idade.
No início dos anos 2000, 90% dos hóspedes eram argentinos ou uruguaios. Mas nada foi capaz de impedir que o hotel fosse entrando em decadência rumo ao fechamento e, finalmente, à demolição, que ocorreu em 2006. Ficaram apenas as lembranças.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
sábado, 8 de fevereiro de 2020
O prédio mais alto do Litoral Norte possui 29 andares e esta localizado em Torres.
Como é a vista do prédio mais alto do Litoral Norte
Localizado em uma construção de 29 andares, duplex foi totalmente reformado
É preciso pouco mais de um minuto para alcançar seu topo. No trajeto, os visitantes já são presenteados com um pouquinho do que está por vir: o elevador panorâmico é uma espécie de cartão de visitas que oferece as boas-vindas.
Conforme o equipamento vai subindo, a vista estonteante de Torres é revelada. Estamos dentro do Graziela, prédio mais alto do Litoral Norte de acordo com a Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte). Encravada em plena Praia Grande, a construção de 29 andares, cerca de 87 metros, tem uma visão privilegiada de todo o município e suas belezas naturais. Conforme a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, o plano diretor de Torres, que está em revisão, não prevê limite de altura para as edificações, exigindo, apenas, estudos de impacto de construções acima de 30 metros.
O ponto mais alto do prédio, como é de se imaginar, é cheio de superlativos. O duplex que ocupa o 28° e o 29° andares tem área útil de mais de 500 metros quadrados, onde estão dispostas quatro suítes, banheiro social, sala ampla, cozinha social e cozinha de serviço. Fora isso, tem oito vagas de garagem, além do elevador panorâmico, que para direto no 29° andar, o que dispensa a entrada pela área íntima. Não bastassem todos esses atributos, o apartamento ainda ostenta uma visão 360° de toda a região.
De quase qualquer ponto do duplex é possível se deleitar com a vista eterna do mar de Torres e da Ilha dos Lobos, que fica bem em frente das janelas da sala. Alguns cômodos ainda oferecem uma visão da Praia dos Molhes e do encontro do mar com o Rio Mampituba. Da cobertura, vê-se, a perder de vista, Santa Catarina. Do outro lado, os morros que contornam o Litoral.
"Mansão suspensa"
Vendido para o proprietário atual em uma negociação que iniciou em R$ 4 milhões, em dezembro de 2017, o duplex passou cerca de 18 meses em reforma até chegar no atual estado.
— Foi investido bastante no apartamento. Desde a parte estrutural, até toda a parte de mobília. Começou do zero — diz Gabriel Maggi Quiroga, corretor da imobiliária Tranquila, responsável pelo negócio.
Foram diversas modificações: reformas estruturais, impermeabilizações, vidros e janelas novas. O plus ficou por conta da automatização completa de janelas e cortinas, climatização e instalação de som ambiente. Embora esteja impecável e pronto para o uso, o proprietário acredita que ainda são necessários alguns ajustes.
— Fui ao apartamento e notei que necessitava de uma reforma. Fiquei assustado com tudo o que precisava, mas, no fim, deu tudo certo — conta o empresário dono do imóvel, que preferiu não se identificar.
— Tínhamos a ideia de comprar em Balneário Camboriú (SC), mas aqui ficaria bem mais próximo. Torres é bonita por natureza e tem vários atrativos. A oportunidade surgiu através de um amigo — conclui o proprietário.
Luxo total
Decorado em estilo clássico, o duplex é a mais completa definição de luxo. Na paleta de cores, o predomínio é de tons claros, com soberania do bege, que aparece até na mesa de sinuca do segundo piso. Sofás e poltronas com capitonê dão classe e imponência, enquanto os detalhes dourados, folheados em ouro 24 quilates, presentes na decoração da lareira, do guarda-corpo da escada e dos puxadores da porta principal, conferem ainda mais pompa.
— Ele (o proprietário) gosta muito dos detalhes clássicos, foi isso que a gente fez. Todas as composições são pensadas pra se unirem e formar uma coisa única. Não é aquele clássico pesado com muita informação de textura e cores. Mantivemos a base homogênea com alguns destaques — explica Athos Peruzzolo, arquiteto que cuidou do projeto de reforma e decoração do apartamento.
Na suíte principal, dá para acordar olhando para o mar. Com um clique, janelas e cortinas se abrem revelando a bela paisagem de Torres. Se a ideia for relaxar na banheira, sem problemas. As duas amplas aberturas também permitem a vista da praia ou do rio.
Por todos os cômodos, lustres e arandelas adornam os ambientes. Vindos diretamente da Itália, os eletrodomésticos da cozinha dão um ar retrô ao espaço localizado no segundo andar. Além dos itens comuns, como geladeira, fogão, forno e coifa, o amplo espaço ainda tem uma churrasqueira e chopeira. Tudo isso, claro, com janelões que emolduram a paisagem da praia.
Próximo à mesa de sinuca, uma adega diferente. Espalhadas por toda a parede, as garrafas de vinho dispostas na horizontal se juntam a decoração do ambiente. Do teto, passando pela frente da adega, desce uma tela gigante, transformando o local em uma sala de cinema privativa.
Na parte externa da cobertura, uma piscina com deck de madeira branco e com vista para o rio e morros. Em outro canto, sofás, poltronas e uma pequena lareira, para aproveitar o local até mesmo nos dias de frio.
Toda a belíssima infraestrutura ainda não foi usufruída pelo proprietário e sua família. Ele garante que a rotina corrida é o motivo pelo qual não aproveitou o grande investimento que fez.
— Tive um dia aí, um sábado de tarde.
Questionado sobre o ambiente preferido, ele se esquiva.
— Não tem o que não gostar. Qualquer ambiente é bom! Na sala, tem vista para o mar. No quarto, também. A adega é um espetáculo — enumera.
Após todas as melhorias e a decoração, o apartamento mais alto do Litoral Norte tem um valor estimado de R$ 10 milhões. Apesar de todo o investimento, o atual proprietário não descarta vender o imóvel, caso apareçam interessados em negociar.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020
terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
sábado, 1 de fevereiro de 2020
Árvore Símbolo de Capão da Canoa
Árvore Símbolo de Capão da Canoa .
A Figueira-de-Folha-Miúda
Através da Lei Municipal nº 588 de 18 de maio de 1992, foi adotada como árvore símbolo de Capão da Canoa a FIGUEIRA-DE-FOLHA-MIÚDA (Ficus Organensis Miquel) também conhecida como Figueira Branca.
É considerada a Árvore Oficial do Município nas comemorações do Dia da Árvore.
A promoção e a difusão da Árvore Oficial do Município é de competência da Secretaria Municipal da Educação, Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio e da Secretaria do Meio Ambiente e Planejamento.
Fonte: Regina Ramão.
É considerada a Árvore Oficial do Município nas comemorações do Dia da Árvore.
A promoção e a difusão da Árvore Oficial do Município é de competência da Secretaria Municipal da Educação, Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio e da Secretaria do Meio Ambiente e Planejamento.
Fonte: Regina Ramão.
sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
A história da freeway, a estrada que liga gaúchos ao Litoral Norte desde 1973
Trecho entre Porto Alegre e Osório da BR-290 abreviou o tempo de viagem até as praias para muitos motoristas
No dia da inauguração da autoestrada, público foi assistir à passagem de veículosHipolito / Agencia RBS
Quando o trecho entre Porto Alegre e Osório da BR-290 foi inaugurado, na manhã do dia 26 de setembro de 1973, os gaúchos, especialmente os moradores da Capital, se sentiram entrando em uma nova era. Até então, para se deslocar para o Litoral Norte, os porto-alegrenses tomavam assento em automóveis abarrotados de malas e apetrechos de férias e seguiam na direção da RS-030, hoje conhecida como Estrada Velha – aliás, ainda disponível, só que agora mais como alternativa a sua irmã mais nova, nos horários de pico.
A Estrada Velha foi, por muito tempo, o único caminho para chegar até Osório e, dali, alcançar o mar, com seus encantos, em Tramandaí, Capão da Canoa, Torres e outros paraísos. A estradinha de pista simples, pontuada por curvas sinuosas, recebia um tráfego intenso, não só de veículos de passeio como também de ônibus e caminhões, o que a deixava cheia de buracos no asfalto. Mas quem ligava?
A viagem começava por Gravataí – a passagem era por dentro da área urbana –, prosseguia por Glorinha e tinha parada obrigatória em Santo Antônio da Patrulha. Embora este município, fundado em 1811, seja um dos quatro mais antigos do Rio Grande do Sul, os veranistas não paravam ali para desfrutar do turismo histórico, mas para saborear os famosos e tradicionais sonhos e rapaduras da cidade. Tudo isso mudou com o corte da fita da nova rodovia. Ao passar pela região, com velocidade máxima permitida para automóveis de 120 km/h, mal dava para espiar a placa de Santo Antônio da Patrulha, muito menos desfrutar de sonhos e quimeras.
Com duas pistas em cada sentido (hoje são três), separadas por um largo canteiro central, a rodovia inaugurada no começo dos anos 1970 foi considerada a primeira autoestrada brasileira. Para encher ainda mais o peito, os gaúchos lhe deram um apelido que é referência às vias expressas da Califórnia, especialmente as que cortam a região metropolitana de Los Angeles, chamadas de freeways. Não é fora de propósito. Afinal, naquela época, as influências anglo-saxônicas se expandiam cada vez mais em nosso vocabulário a bordo do rock and roll, que sacolejava nas ondas do rádio.
Vivíamos o ocaso dos tempos de “milagre econômico”, período em que a economia dava sinais de prosperidade, os quais desapareceriam logo ali em seguida, com a crise mundial do petróleo, curiosamente, deflagrada um mês após a inauguração da freeway, em outubro de 1973. Sem se dar conta, o país priorizava um modelo de transporte baseado, principalmente, em rodovias, abandonando pouco a pouco a malha ferroviária como opção de deslocamento. Mas quem se importava?
A inauguração da freeway abreviou o tempo de viagem dos porto-alegrenses até o Litoral Norte. Com a autoestrada, o percurso de 96,6 quilômetros até Osório passou a ser feito em cerca de uma hora. Nos primeiros tempos, o movimento alcançava, no máximo, 300 veículos por hora, marca quase 17 vezes menor do que a atual. Ela ainda ganhou importância como corredor de escoamento dos produtos procedentes da Argentina e do Uruguai no âmbito do Mercosul. Até hoje, é uma das estradas mais bonitas do país. E, o melhor de tudo, nos deixa pertinho das areias do mar.
PAULO CÉSAR TEIXEIRA - INTERINO
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