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segunda-feira, 12 de julho de 2010

CONFLITO ENTRE ISRAEL E PALESTINA - CONHECIMENTOS GERAIS

CONFLITO ENTRE ISRAEL E PALESTINA

ORIENTE MÉDIO

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DO ORIENTE MÉDIO

IMPORTÂNCIA GEOGRÁFICA – localizado no sudoeste asiático, estrategicamente entre três continentes: Europa, Ásia e África.
Pontos importantes :
Canal de Suez – ligação artificial entre o mar Mediterrâneo e o mar Vermelho
Estreito de Ormuz – liga o Golfo Pérsico ao oceano Índico (rota obrigatória dos petroleiros dos países árabes)
Estreito de Bósforo – liga o mar Mediterrâneo e o mar Negro (passagem da Europa para países asiáticos)
ECONOMIA
Constituído por 17 países, mais o Estado Palestino (ainda não reconhecido)
Presença de importantes jazidas de petróleo na Península Arábica
HISTÓRIA E DIVERSIDADE ÉTNICA E RELIGIOSA
Área de ocupação antiga, a região recebeu influências de diversas civilizações (egípcios, civilizações da Mesopotâmia – sumérios, assírios e caldeus, hebraica, fenícia e pérsa.
Expansionismo árabe (séc. VII a XV) e presença de do Império Otomano (séc. VII a XX).
Após a I Guerra Mundial, as áreas que então pertenciam ao Império Otomano foram repartidas entre França e Reino Unido
Berço das 3 maiores religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e islamismo.

CONFLITOS TERRITORIAIS

Ocasionados pelas diversidades étnicas e religiosas e pela disputa de território.
A região é a maior consumidora do mercado mundial de armas.
Dentre as disputas, a questão da Palestina é a mais sangrenta

A QUESTÃO DA PALESTINA

Pequena faixa de terra localizada ao longo do mar Mediterrâneo, entre o Líbano e o Egito
Há 60 anos tem sido alvo de violenta disputa entre árabes e judeus

JUDEUS

Descendentes dos hebreus (antigos habitantes da Palestina que haviam sido expulsos pelos romanos no início da era Cristã
Dispersos pelo mundo ( diáspora ), passaram a ser chamados de judeus (hoje – israelenses)
Alegam direitos históricos sobre a Palestina (longa ocupação da região)

ÁRABES

Ocuparam a região durante sua expansão (entre os séc. VII e XV).
Permaneceram na região durante o domínio do Império Otomano e do protetorado britânico.
Também denominados de palestinos

INÍCIO DO CONFLITO

Movimento sionista – surgiu na Europa no final do séc. XIX, quando os judeus elegeram a Palestina como a terra prometida para a construção de seu respectivo Estado
A Inglaterra (responsável pela região na época) permitiu a entrada de colonos judeus na Palestina
O choque com os habitantes locais (árabes) foram inevitáveis e cada vez mais intensos

AGRAVAMENTO DO CONFLITO APÓS A II GUERRA MUNDIAL

Durante a II Guerra Mundial , o fluxo migratório dos judeus para o Oriente Médio aumentou, devido a perseguição a qual estes foram submetidos pelos nazistas
Com o final da II Guerra e a independência dos protetorados ingleses, a situação entre árabes e judeus ficou insustentável

A PARTILHA DA PALESTINA

Intervenção da ONU
1947
Divisão da região em dois Estados:
um Estado árabe
um Estado judaico

PRIMEIRA GUERRA

Inconformados com a decisão da ONU, os palestinos declararam guerra aos israelenses, com a intenção de expulsá-los da região
A guerra (1948/49) terminou com a vitória de Israel e o fim da territorialidade árabe no Estado que lhes fora designado pela ONU
RIVALIDADE
Apesar de perder o território, os árabes preservaram a vontade de manter a soberania em suas terras, agora ocupadas por Israel
Com a derrota, cerca de 750 mil palestinos foram expulsos de sua pátria (estes passaram a viver em países vizinhos, onde eram tratados como cidadãos de segunda classe)
O mesmo aconteceu com os palestinos que permaneceram no Estado de Israel

REAÇÃO PALESTINA - A OLP

1959 – o líder palestino Yasser Arafat cria o organização terrorista Al-Fatah , que passou a lutar pela recuperação dos territórios palestinos
Em 1964, a Al-Fatah transformou-se na OLP (Organização para a Libertação da Palestina)
Instalada na Jordânia, a OLP passou a atacar Israel e também a receber ataques israelenses (apoiados pelos EUA)
Em 1970, a OLP foi expulsa da Jordânia e migrou para Beirute, atacando Israel a partir do sul do Líbano

DIÁLOGO ENTRE A OLP E ISRAEL

Em 1982, devido aos intensos ataques de Israel ao Líbano, a OLP deixou o país, instalando-se na Tunísia
Em 1988, a OLP mudou seu discurso e Arafat renunciou ao terrorismo, aceitando dialogar com os representantes israelenses
Início dos anos 90 – pequena esperança de paz na região (líderes moderados assumiram o poder em Israel)

ACORDO DE OSLO

1993 – assinatura de histórico acordo de paz (em Oslo) entre Arafat e Israel (representado por Yitzhak Rabin e Shimon Peres)
1994/95 – novos acordos são assinados, estabelecendo a gradual devolução dos territórios ocupados por Israel (Faixa de Gaza e Cisjordânia) para a criação do futuro Estado palestino

MORTE DE RABIN

1995 – assassinato de Rabin por extremista israelense (que não aceitava que “terras públicas” israelenses fossem cedidas aos palestinos)
Acordo de Oslo (94) – o Estado palestino deveria ter sido instalado na Faixa de Gaza e na Cisjordânia (cujos limites definitivos não foram estabelecidos até hoje) até 1999 (o que não ocorreu)

ISRAEL

FAIXA DE GAZA – área de 363 Km², onde vivem 1 milhão de palestinos e 5 mil israelenses

CISJORDÂNIA – com 5.400 Km² abriga 1,5 milhão de palestinos e 100 mil colonos judeus, situada à 40 Km de Gaza

AUTORIDADE NACIONAL PALESTINA (ANP)

Depois de 27 anos de exílio, Arafat voltou à Palestina para formar um governo autônomo ( Autoridade Palestina ), da qual seria eleito presidente em 1996
A Autoridade Palestina não foi reconhecida pela ONU (o seu reconhecimento seria o primeiro passo para a criação de um Estado palestino)

ACORDO DE CAMP DAVID

Após a morte de Rabin e o fim do governo de Perez, o processo de paz sofreu retrocesso
1998/2000 – novos acordos foram assinados, porém os ataques terroristas e choques entre palestinos e colonos judeus se intensificaram
2000 – Acordo de Camp David – por não abordar a partilha de Jerusalém e a nova demarcação dos territórios palestinos foi considerado um fracasso

ARIEL SHARON NO PODER

2001 – Ariel Sharon assumiu o poder em Israel, declarando guerra ao terrorismo palestino e acusando Arafat de ser conivente com tais práticas
Sharon não reconheceu os antigos acordos, destruiu escritórios da Autoridade Palestina e ordenou a invasão de cidades palestinas
Os palestinos responderam com atentados suicidas e invasões de colônias israelenses
SEGUEM OS ATENTADOS TERRORISTAS
2003 – Acordo de Genebra – sem sucesso
2004 - morte de Arafat
2005 – Abu Mazen foi eleito comandante da Autoridade Palestina
Novas negociações de paz entre Sharon e Mazen foram estabelecidas, porém atentados terroristas continuaram ocorrendo

2005 – Mahmoud Abbas vence as eleições e se torna o novo presidente da Autoridade Palestina
Um ano depois, devido a divergências com seu partido (Fatah) acusado de corrupção, colabora para a vitória do movimento rival, o Hamas nas eleições parlamentares palestinas, com Ismail Haniyeh chegando ao posto de premiê
A vitória do Hamas levou a comunidade internacional a impor um boicote à Autoridade Palestina, gerando crise interna e violência
PLANO DE RETIRADA
2005 – Israel inicia o “Plano de Retirada” de assentamentos judaicos e forças militares dos territórios palestinos
Facções opostas se negaram a acatar a decisão
2006 – afastamento de Sharon, após sofrer derrame cerebral, Olmert assume o posto de premiê israelense
2007 – Os partidos palestinos rivais (Fatah e Hamas) firmam colisão, numa negociação marcada pela violência
OPERAÇÃO “CHUMBO FUNDIDO”
2008 – Israel inicia em 27/12 a operação “Chumbo Fundido” na Faixa de Gaza
Oficialmente, essa operação tem como objetivo responder aos ataques (lançamento de foguetes) do Hamas no sul de Israel
Deve-se considerar também, a necessidade de Israel buscar restabelecer seu poder de dissuasão, a proximidade da posse do novo presidente dos EUA (Barack Obama) e o tenso relacionamento com o Hamas (considerado pelo governo israelense um grupo terrorista)
SITUAÇÃO HUMANITÁRIA EM GAZA
Dos aproximadamente 1,5 milhão de habitantes, metade vive abaixo da linha da pobreza e 45% da população ativa está desempregada
Mais da metade da população constitui-se de refugiados das guerras contra Israel
A população sofre com a escassez de alimentos, remédios e outros suprimentos básicos
Denúncias de violação aos direitos humanos
Comunidade internacional pede o fim do conflito
PRINCIPAIS CONFLITOS
GUERRA DOS SEIS DIAS (1967)
Palestinos (apoiados pelo Egito, Síria e Jordânia)
Com a vitória, Israel aumentou seu território com terras da Síria (colinas de Golan), do Egito (Faixa de Gaza e Sinai) e Jordânia (Cisjordânia)

OUTRAS GUERRAS
Guerra do Yom Kippur (1967) – realizada no Dia do Perdão (comemorado pelos judeus), os países árabes fizeram uso político do petróleo, restringindo a produção e diminuindo o fornecimento (“choques do petróleo”)
Intifada – revolta das pedras, a primeira Intifada teve início nos anos 1980, a segunda iniciou-se em 2000
JERUSALÉM – POMO DE DISCÓRDIA
PALESTINOS – presença das mesquitas do Domo da Rocha e de Al-Aqsa (sagradas) na porção oriental, onde o profeta Maomé subiu aos céus, conforme a crença muçulmana
ISRAELENSES – única capital e centro da vida judaica quando esse povo habitava a Palestina, onde vivia o rei Davi e onde está o Muro das Lamentações
Vista de Jerusalém Torre de Davi
EXTREMISMOS
Grupos radicais de ambos os lados não aceitam os acordos estabelecidos por seus respectivos líderes, não admitindo a convivência de um Estado palestino com um Estado judeu
Árabes – Hezbollah (Partido de Deus), Hamas e Jihad não aceitam a representação da OLP e os acordos de paz
Israel – Kach, Yesha e Eyal
Fanatismo religioso
Atentados terroristas – homens-bomba
Jihad – guerra santa
O MURO DE ISRAEL
Em 2002, os israelenses começaram a construir um muro entre Israel e Cisjordânia, visando proteger seu território contra ataques terroristas palestinos
A construção gerou tensões políticas internas e muitas críticas palestinas e da comunidade internacional
CRÉDITO
Profº Mateus Silva

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