CORAÇÕES PERDIDOS NAS DOAÇÕES
Os motivos do baixo aproveitamento das doações para transplantes de coração.
MANUTENÇÃO – Até o momento da extração dos órgãos, o corpo do doador tem de ser mantido artificialmente por meio de respirador e de medicações. De todos os órgãos, o coração é o mais dependente de tais medicamentos – em especial a noradrenalina , usada para manter a pressão arterial.
ÍNDICE MÉDIO DE PERDA – 60%
SELEÇÃO
O doador passa por exames que visam a atestar a qualidade dos órgãos para doação. No caso do coração, o principal fator impeditivo é a parada cardíaca (ainda que o coração tenha voltado a funcionar)
ÍNDICE MÉDIO DE PERDA – 20%
EXAMES
Confirmada a viabilidade do coração para doação, são realizados pelo menos quatro exames cardíacos específicos. No Brasil, só são feitos dois deles.
ÍNDICE MÉDIO DE PERDA – 10%
EXTRAÇÃO
Nos centros internacionais de referência em transplante cardíaco, há uma equipe médica (cirurgiões, anestesistas e enfermeiros) de prontidão à espera de um órgão. No Brasil, essa disponibilidade é rara. Ou seja, em alguns casos, um coração em perfeitas condições pode ser recusado por falta de especialistas que façam o transplante.
ÍNDICE MÉDIO DE PERDA – 5%
TRANSPLANTE
Depois da extração do órgão, os médicos têm quatro horas para realizar o transplante. Por falta de logística, muitas vezes esse prazo não é cumprido.
ÍNDICE MÉDIO DE PERDA – 5%
TAXA DE APROVEITAMENTO DE CORAÇÃO PARA TRANSPLANTE
ESTADOS UNIDOS – 20%
ESPANHA - 20%
BRASIL – 10%
Fontes : Anderson Benício , cirurgião cardíaco do Incor – São Paulo, Fernando Bacal, presidente de insuficiência cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia , Leonardo Borges, coordenador da Organização de Procura de órgãos do Hospital das Clínicas, e Noedir Stolf, membro titular do conselho diretor do Incor.
Matéria da Veja de 22 de junho de 2011 pg.107
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